Segundo a Nutricionista Funcional Juliana Ramos:

“Após uma avaliação nutricional do paciente conseguimos elaborar um plano alimentar personalizado. É fundamental para identificar as necessidades da pessoa por meio de histórico médico, dados bioquímicos, antropometria e avaliação clínica.

Pontos a serem analisados:

Além desses dados, é importante fazer a avaliação física, que permite saber o peso atual assim como o peso ideal ou o desejado pela pessoa, altura, percentual de gordura e massa muscular, assim como outros dados importantes como o nível de hidratação.

Após essa análise, é hora de calcular o plano alimentar com base nas informações obtidas sobre sua saúde, rotina, hábitos etc. O objetivo desse cálculo é produzir um balanço negativo de energia que reduza o peso, ou seja, calcular quantas calorias é gasto por dia para poder subtrair até 500 kcal para gerar o que chamamos de déficit calórico.

Quando o cálculo não é feito corretamente, ou, então, nem mesmo é feito, surgem as alimentações desequilibradas que não trazem resultados para o paciente, já que cada indivíduo apresenta uma necessidade diferente do outro

Temos diversos cálculos para saber as calorias gastas em um dia, sendo uma muito utilizada de Harris e Benedict para saber o gasto energético basal, ou seja, as calorias gastas em um corpo em repouso:

Para o gênero masculino: 66,47 + (13,75 x peso) + (5, 003 x altura) – (6, 775 x idade)

Para o gênero feminino: 655,09 + (9, 563 x peso) + (1,85 x altura) – (4, 676 x idade)

*em que peso foi expresso em quilogramas, altura em centímetros e idade em anos

Para calcular o gasto energético total precisamos multiplicar pelo fator de atividade física da pessoa, ou seja, qual o nível de atividade que normalmente se tem:

Depois de entender quantas calorias a pessoa gasta, planejamos qual será seu objetivo- emagrecimento aplicamos um déficit calórico e ganho de peso, somamos calorias. Se for manutenção de peso, usamos as mesmas calorias do gasto energético calculado.

Com isso temos as calorias que terá no plano alimentar e distribuímos conforme as refeições que a pessoa consegue fazer no dia, pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar), podendo chegar até 6 ou 8 refeições se incluir lanches e pré/pós treino.

A distribuição dos nutrientes varia muito conforme o objetivo, mas normalmente a dieta varia entre 40-60% de carboidratos, 15-25% para proteínas e 20-30% para gorduras.

Após distribuir os alimentos nas refeições decidimos a quantidade em gramas de cada alimento que corresponderá às calorias e as gramas de carboidrato, proteína e gordura. A cada consulta é feito novamente o ajuste da alimentação a partir dos resultados do período anterior.”

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